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Centro de Reprodução Humana do HC-UFG adquire moderna incubadora

Sistema Time Lapse permite o acompanhamento de embriões por meio da captação de imagens em curtos intervalos de tempo

Thalízia Ferreira

O Centro de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), adquiriu um moderno equipamento para a incubação de embriões. O sistema, chamado de Time Lapse, é uma incubadora que realiza a captação de imagens em pequenos intervalos de tempo, permitindo acompanhar constantemente os embriões, desde a fertilização até a sua transferência para o útero materno. O HC-UFG é o primeiro hospital universitário no país a possuir o sistema.

A inauguração do equipamento ocorreu no último dia 27 de setembro, no Centro de Reprodução Humana do HC-UFG, onde estiveram presentes o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, a vice-reitora da UFG, Sandramara Matias Chaves, o diretor da Faculdade de Medicina da UFG, Antônio Fernando Carneiro, o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, Jesiel Freitas Carvalho, e o superintendente do HC-UFG, José Garcia Neto.

A apresentação do Sistema Time Lapse foi feita pela biomédica do Centro de Reprodução Humana do HC-UFG, Yanna Andressa Ramos de Lima, que destacou as vantagens do sistema. "O Time-Lapse é uma incubadora de bancada, compartimentalizada, onde é possível armazenar embriões de até seis pacientes. A diferença dessa incubadora para uma convencional é o fato dela ter uma câmera que tira fotos dos embriões de cinco em cinco minutos. A vantagem disso é que conseguimos avaliar pontualmente e com mais objetividade o desenvolvimento do embrião", destacou.

"Em uma incubadora convencional, se o embrião é avaliado às 8h da manhã, pode ser que às 10h ele já esteja diferente. Não tem com tirá-lo da incubadora o tempo todo para avaliar. Eu vou avaliar num determinado período e vou avaliar somente 24 horas ou 48 horas depois. Durante esse período, pode ser que aconteçam alguns eventos importantes para o prognóstico do embrião que não sejam registrados", explicou a biomédica.

Outra vantagem do Sistema Time Lapse, segundo Yanna Lima, é a preservação do embrião, que não precisa ser retirado da incubadora. "Em uma incubadora convencional, todos os dias retiramos esse embrião da incubadora e o expomos a temperaturas diferentes, a concentrações de gás diferentes, o que acaba deixando esse embrião vulnerável durante o período em que ele precisa ser retirado da incubadora. Com o advento do Sistema Time Lapse, há uma menor exposição do embrião e maior controle no cultivo, porque o sistema consegue armazenar embriões de seis pacientes diferentes e possibilitar que cada embrião fique em um compartimento separado", detalhou.

Noticia UFGBiomédica Yanna Andressa Ramos explica o funcionamento do Sistema Time Lapse (fotos: Thalízia Ferreira)

Um grande diferencial do Time Lapse, apontado pela biomédica, é que ele oferece uma variável a mais para classificar o embrião. Enquanto em uma incubadora convencional é possível analisar a morfologia do embrião, no Time Lapse é possível analisar também a morfocinética. Para o chefe do Centro de Reprodução Humana do HC-UFG/Ebserh, professor Mário Approbato, a aquisição do Time Lapse é resultado de um esforço de toda a equipe do Centro de Reprodução Humana do HC-UFG, que sempre trabalhou para torná-lo um Centro de excelência em reprodução assistida.

"Há 36 anos, jamais se imaginava que poderíamos montar um Centro de Reprodução Assistida dentro de uma universidade. Nem a USP tinha fertilização assistida, somente procedimentos básicos, como inseminação in vitro e outros procedimentos. Mas nós acreditamos que um dia conseguiríamos um dia chegar até aqui. De lá para cá, nós nos preocupamos em oferecer um serviço com padrão elevado de qualidade para as nossas pacientes. Construímos um prédio que foi todo projetado para não haver falhas nos procedimentos. Oferecemos tratamentos, como a fertilização assistida, que são caríssimos na rede particular. Portanto, a aquisição de um equipamento desse só reforça o nosso esforço para torná-lo um centro de excelência em reprodução assistida, um dos poucos existentes no país", destacou.

Noticia UFGGestores da UFG presentes na apresentação do Sistema Lapse, no HC-UFG

O superintendente do Hospital das Clínicas, José Garcia Neto, lembrou das dificuldades enfrentadas no início do Centro de Reprodução, ressaltando que, para o hospital chegar a esse nível de excelência, foi necessário muito empenho e a certeza de que é possível ofertar serviços de qualidade na rede pública. "O Mário teve um papel fundamental em toda esse processo. Por isso, só temos a agradecer a ele e a toda a sua equipe que também contribuiu para que tudo isso se transformasse em realidade", finalizou.

O reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, salientou que coisas grandiosas como essa só acontecem no ambiente da universidade e comprovam a importância da educação pública superior para a sociedade. "Quando vemos esse aparelho, esse serviço, essa biomédica recém-doutora trabalhando aqui, as fotos desses bebês, que traduzem tantas vidas, tantos sonhos que são realizados aqui, podemos perceber como trabalhamos com tanto idealismo, compromisso e competência", destacou o reitor.

 

Fonte: HC-UF

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