FOPROP-CO se reúne com Diretor de Avaliação da CAPES
Flávio Camargo expôs sobre o futuro do Sistema de Avaliação da CAPES
As novas perspectivas para a Avaliação Quadrienal da CAPES e o fechamento dos pareceres em curso foram temas debatidos no encontro dos integrantes do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da Região Centro-Oeste com o Diretor de Avaliação da CAPES, Flavio Camargo, realizado na manhã dessa terça-feira (24).
A coordenação regional do fórum é liderada pelo pró-reitor de pós-graduação da UFG, professor Laerte Ferreira. A reunião também contou com a participação da pró-reitora adjunta e coordenadora dos cursos de pós-graduação stricto-sensu da UFG, professora Maria Márcia Bachion, e do pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFG, Jesiel Freitas Carvalho.
Na abertura dos diálogos, Flávio Camargo ressaltou a importância do encontro e do contato direto entre a CAPES e os gestores de pós-graduação: "Precisamos trabalhar junto aos prós-reitores, em primeiro nível, para ter um controle, uma ação mais assertiva e indução mais próximas dos programas."
Novos Instrumentos
Antes de tratar das mudanças nos critérios de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), previstas para a quadrienal com início em 2022, Camargo apresentou um panorama da expansão da pós-graduação no Brasil, com destaque para o aumento de cursos stricto sensu na região Centro-Oeste.
"O ciclo 2017-2020 foi importante para o fortalecimento da pós-graduação, mas está chegando ao seu esgotamento. Teremos que nos sintonizar com os novos parâmetros e estamos trabalhando com uma perspectiva mais ampla. A região Centro-Oeste tem ainda um potencial muito grande para alcançar", complementou Laerte Ferreira.
Dados do GeoCapes apontam que a Plataforma Sucupira armazena atualmente 90 milhões de dados com meio bilhão de integrantes. Segundo Flávio Camargo, essa expansão foi um dos motivos para repensar as Fichas de Avaliação. "O novo modelo foca em valorizar a missão da pós-graduação, que é formar recursos humanos de alto nível e a avaliação mais qualitativa do conhecimento que é produzido nos programas."
Além da entrada e permanência dos cursos de qualidade, as mudanças na avaliação visam reduzir assimetrias entre as regiões, com estratégias para atender os centros científicos de todo o país.
Perspectivas
Outros aprimoramentos de destaque são a Autoavaliação e a Avaliação Multidimensional, modelos voltados para o resultado dos programas em aspectos como ensino e aprendizagem, internacionalização, produção de conhecimento, inovação e transferência de conhecimento, e impacto e relevância econômica para a sociedade. O novo modelo é baseado no sistema europeu de avaliação das instituições, o U-Multirank. Novos critérios também serão definidos para o Qualis Artístico, Cultural e Classificação de Eventos, Classificação de Livros, Qualis Técnico/Tecnológico e Qualis Periódicos.
Para validar as mudanças, a CAPES considerou as recomendações apontadas pelo relatório da Comissão Especial de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG 2011-2020) e os estudos com Grupos de Trabalho específicos.
As novas metodologias serão implementadas na Avaliação Quadrienal 2022-2025, mas isso não significa que o ano de 2021 será "sabático", como frisou Flávio Camargo durante a reunião: "O próximo ano será emblemático. Um momento de reflexão e construção de planejamento estratégico. Quando começarmos o novo ciclo avaliativo já teremos toda a nova instrumentação definida, sabendo as regras antes do jogo começar".
A DAV pretende realizar consultas públicas, direcionadas à comunidade acadêmica, para chancelar as referidas mudanças.
Source: Coordenação de Comunicação da PRPG
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