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Chamada Pública UFG/IPEA/PROREDES Nº 01/2012 - Seleção de candidatos p/ concessão de bolsas - Inscriçoes até 02 de outubro

CHAMADA PÚBLICA UFG/IPEA/PROREDES Nº 01/2012 - SELEÇÃO DE CANDIDATOS PARA CONCESSÃO DE BOLSAS

 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, que desenvolve pesquisas e fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais para a formulação e avaliação de políticas e programas de desenvolvimento, CONVIDAM os interessados a participarem da seleção de candidatos à bolsa pesquisa, no âmbito do Subprograma de Apoio a Redes de Pesquisas – PROREDES, do Programa de Mobilização da Competência Nacional para Estudos sobre o Desenvolvimento – PROMOB.

1. OBJETO

A presente Chamada tem por objetivo a seleção de interessados, que atendam aos requisitos desta Chamada Pública e de seu Regulamento para realizar pesquisa, na condição de Assistente de Pesquisa III (Mestre), no projeto Trajetórias Tecnológicas, padrões de desenvolvimento agrícola e configurações urbano-rurais, a ser desenvolvido pelo IPEA em conjunto com a UFG, mediante a concessão de bolsa, com alocação na primeira.

2. QUANTIDADE E DURAÇÃO DAS BOLSAS

Será concedida 01 (uma) bolsa, com duração prevista de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período.

3. REQUISITOS DO CANDIDATO

Ter mestrado em geografia e se enquadrar no item 4 (quatro) do Regulamento.

 

4. INSCRIÇÃO

As inscrições serão realizadas no Centro de Documentação, Informação e Memória da UFG, Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás, no período de17 a28 de setembro de 2012, no horário das 09:00 às 12:00, conforme disposto no item 3 do Regulamento.

 

5. CRONOGRAMA

A realização da seleção dos interessados que concorrem à presente Chamada Pública dar-se-á de acordo com o seguinte cronograma:

EVENTOS

DATAS

Inscrição (prédio anexo da Agência CONDEPE/FIDEM)

17-09 a 02-10-2012

Divulgação da lista de inscrições homologadas

03-10-2012

Análise curricular

04-10-2012

Resultado da análise curricular

05-10-2012

Entrevista técnica

09-10-2012

Resultado da entrevista técnica

10-10-2012

Resultado final

12-10-2012

 

7. DA ANULAÇÃO OU REVOGAÇÃO DA CHAMADA PÚBLICA

A qualquer tempo, a presente Chamada Pública poderá ser revogada, no todo ou em parte, a critério da Agência CONDEPE/FIDEM e/ou IPEA, sem que isso implique direito a indenização ou reclamação de qualquer natureza.

8. IMPUGNAÇÃO DA CHAMADA PÚBLICA

8.1 Apresente chamada pública poderá ser impugnada por interessado que atenda os requisitos de candidatos constantes no item 4 (quatro), até o segundo dia útil anterior ao prazo final estabelecido para apresentação das candidaturas.

8.2 Decairá do direito de impugnar os termos da presente chamada o candidato que não o fizer até o segundo dia útil anterior ao prazo final estabelecido para submissão das candidaturas.

8.3 Não terá efeito de recurso a impugnação da Chamada Pública feita por aquele que, tendo-a aceito sem objeção, venha apontar, posteriormente ao julgamento, eventuais falhas ou imperfeições.

8.4 Aimpugnação deverá ser dirigida à Coordenação responsável pela Chamada Pública.


9. CLÁUSULA DE RESERVA

A UFG reserva-se o direito de resolver os casos omissos e as situações não previstas na presente Chamada.

Goiânia, 11 de setembro de 2012.

Profa. Dra. Divina das Dores de Paula Cardoso

Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFG

 

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REGULAMENTO

 

1. OBJETIVO

A presente Chamada tem por objetivo a seleção de pesquisador, Assistente de Pesquisa III (Mestre), para atuação, como bolsista, no projeto Trajetórias Tecnológicas, padrões de desenvolvimento agrícola e configurações urbano-rurais, em conformidade com as condições estabelecidas neste REGULAMENTO e nas normas contidas na Portaria IPEA Nº 493, de 29 de dezembro de 2010, que fazem parte integrante da presente chamada independente de transcrição.

2. DAS INFORMAÇÕES DO PROJETO

O detalhamento do projeto está descrito no Termo de Referência, Anexo I da presente chamada.

3. INSCRIÇÃO E ENVIO DAS CANDIDATURAS

3.1. A inscrição será exclusivamente presencial (ver item 4 da Chamada) podendo ser realizada por intermédio de terceiro habilitado por instrumento procuratório, público ou particular, neste caso, com firma reconhecida em cartório.

3.2. São de inteira e exclusiva responsabilidade do candidato as informações e a documentação por ele fornecidas para a inscrição, as quais não poderão ser alteradas ou complementadas, em nenhuma hipótese ou a qualquer título.

3.3. No caso de falta de informação em determinado critério, será considerada a nota mínima naquele critério.

3.4. Para inscrever-se o candidato deverá:

a) entregar currículo vitae ou currículo Lattes, com comprovação para fins do subitem 6.1.2 do presente Regulamento; e

b) cópia do diploma ou comprovante de conclusão do Curso de Mestrado, ou titulação superior, na área estabelecida na presente Chamada.

3.5. As informações prestadas no curriculum vitae e no currículo Lattes são de inteira responsabilidade do candidato, dispondo a comissão executora do direito de não aceitar a inscrição daquele que preenchê-lo de forma incorreta e/ou que fornecer dados comprovadamente inverídicos, sem prejuízo das sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.

3.6. Não será aceito pedido de inscrição que não atenda rigorosamente o estabelecido nesta Chamada.

3.7. O candidato receberá comprovante da inscrição, que servirá como garantia da sua participação na Seleção de que trata esta Chamada.

3.8. A inscrição do candidato implicará na aceitação das normas do processo de seleção, contidas nesta Chamada e em outros instrumentos normativos e comunicados que vierem a ser expedidos.

 

4. REQUISITOS DO CANDIDATO

4.1. Ser mestre em geografia;

4.2. Os títulos obtidos no exterior somente serão aceitos se validados por Instituição de Ensino Superior Pública brasileira, em conformidade com a legislação vigente.

4.3. Disponibilidade para atuação presencial na UFG.

4.4. Não ter recebido bolsa IPEA na modalidade oferecida por período igual ou superior a 12 (doze) meses, exceto se, no ato da implementação da bolsa, tiver cumprido o interstício de 01 (um) ano;

4.5. Não estar recebendo bolsa IPEA ou de outra instituição no ato da implementação desta bolsa, salvo se a bolsa de outra instituição estiver suspensa;

4.6. Caso tenha vínculo com Instituições Públicas nas esferas Federal, Estadual ou Municipal, deverá exercer a função de Pesquisador, Professor Universitário ou equivalente. Devendo o candidato, se selecionado, apresentar autorização da instituição de origem, ainda, que a legislação que rege sua carreira permita a sua atuação em projetos de pesquisa de Fundações Publicas, como é o caso do IPEA.

5 – MODALIDADE E VALOR DA BOLSA

A presente Chamada tem por objetivo a contratação de 01 (um) pesquisador, na modalidade Assistente de Pesquisa III (Mestre em geografia) , mediante concessão de bolsa, no valor de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais).

6. CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

A Seleção dos inscritos será realizada em duas etapas sequenciadas, sendo a primeira de Avaliação Curricular e a segunda de Entrevista Técnica.

6.1. Em conformidade com o conhecimento necessário para o desenvolvimento  da pesquisa apresentada no Anexo I o candidato será avaliado preferencialmente por seus conhecimentos em geomática.

6.2 Da Avaliação Curricular

6.2.1. Participarão da Avaliação Curricular todos os candidatos regularmente inscritos para a seleção, que serão avaliados com base na documentação entregue no ato da Inscrição.

6.2.2. Serão pontuadas apenas as atividades que apresentem relação com a área de conhecimento do projeto de pesquisa caracterizado no Anexo I.

6.2.3. A Avaliação Curricular, de caráter eliminatório e classificatório, valerá, no máximo, 07 (sete) pontos, observada a seguinte tabela:

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

PONTUAÇÃO POR CADA ANO TRABALHADO

PONTUAÇÃO MÁXIMA

Desenvolvimento de atividades profissionais na área

0,2 (dois décimos de ponto)

01 (um) ponto

Subtotal (A)

01 (um) ponto

TIPO DE TRABALHO PRODUZIDO

PONTUAÇÃO POR TRABALHADO REALIZADO

PONTUAÇÃO MÁXIMA

Publicação de trabalhos completos em anais de congresso internacional/nacional

0,2 (dois décimos de ponto)

01 (um) ponto

Publicação de trabalhos completos em anais de congresso regional/local

0,1 (dois décimos de ponto)

01 (um) ponto

Publicação em periódicos internacionais e nacionais

0,5 (cinco décimos de ponto)

02 (dois) pontos

Publicação em periódicos regionais e locais

0,2 (dois décimos de ponto)

01 (um) ponto

Trabalhos e relatórios técnicos

0,1 (um décimo de ponto)

01 (um) ponto

Subtotal (B)

06 (seis) pontos

TOTAL (A+B)

07 (sete) pontos

       

 

6.3. Da Entrevista Técnica

6.3.1. Os candidatos classificados na etapa de Análise Curricular serão convocados a participar da etapa de Entrevista Técnica, por mensagem encaminhada para o endereço eletrônico (e-mail) indicado no currículo.

6.3.2. A Entrevista Técnica compreenderá 05 (cinco) perguntas formuladas por Banca Examinadora composta por três pesquisadores da UFG. As perguntas versarão sobre conhecimento relacionado com a pesquisa caracterizada no Anexo I. As perguntas devem ser respondidas, oralmente, no tempo estabelecido pela referida Banca.

6.3.3. A Entrevista Técnica valerá até 10 (dez) pontos, sendo até 02 (dois) pontos para cada questão, respondida, aplicando-se os conceitos de Insuficiente, Satisfatório ou Pleno, conforme tabela abaixo, sendo a pontuação final o somatório dos pontos obtidos em cada questão.

AVALIAÇÃO

CONCEITO

 

Insuficiente

Até 5

Satisfatório

De5,1 a8

Pleno

De8,1 a10

6.4. O resultado final será expresso através do somatório da análise curricular e da entrevista técnica. Será classificado candidato com maior pontuação.

 

7. RESULTADO DO JULGAMENTO

A relação dos candidatos aprovados será divulgada, para conhecimento dos interessados, na página da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFG.

 

8. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

8.1. Caso o proponente queira interpor recurso aos resultados do julgamento poderá, fazê-lo pessoalmente, no prazo de 48 horas, a contar da data da publicação dos resultados.

 

9. DA CONCESSÃO DA BOLSA

9.1. O (A) candidato (a) deverá manifestar interesse pela concessão da bolsa no prazo de 5 (cinco) dias corridos após a publicação do resultado, sob pena de não ter a bolsa implementada.

9.2. As bolsas serão concedidas na duração prevista em conformidade a Portaria IPEA Nº491, de 28 de dezembro de 2010, e Nº 493, de 29 de dezembro de 2010 com base no item 2 da presente Chamada, mediante a apresentação, no prazo determinado por comunicação oficial do IPEA, dos seguintes documentos:

a) Formulário de Solicitação de Bolsa;

b) Termo de Compromisso assinado em duas vias;

c) Autorização da instituição de origem para atuação no projeto (para candidatos vinculados a órgãos públicos);

d) Cópia da carteira de identidade;

e) Cópia CPF;

f) Comprovante de Residência (emitido nos últimos 90 dias);

g) Comprovante de escolaridade; e

h) Comprovante Bancário de conta corrente.

 

10. CANCELAMENTO DA CONCESSÃO

A concessão da bolsa poderá ser cancelada pela Presidência do IPEA, por ocorrência, durante sua implementação, de fato que justifique o cancelamento, sem prejuízo de outras providências cabíveis em decisão devidamente fundamentada ou pelo coordenador caso o bolsista não apresente desenvolvimento condizente com suas atribuições.

 

11. PERMISSÕES E AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS

É de exclusiva responsabilidade de cada candidato adotar todas as providências que envolvam permissões e autorizações especiais de caráter ético ou legal, necessárias para à execução do projeto.

 

12. DOS AJUSTES DO PROJETO APROVADO

O projeto Trajetórias Tecnológicas, padrões de desenvolvimento agrícola e configurações urbano-rurais, poderá sofrer ajustes, visando adequação ao Plano de Trabalho do IPEA e as suas metas institucionais.

 

13. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

13.1. As informações geradas no projeto serão de domínio do IPEA e da UFG, podendo ser disponibilizadas em sua base de dados, com divulgação ao público.

13.2. As publicações científicas e qualquer outro meio de divulgação de trabalho de pesquisa, apoiados pela presente Chamada, deverão citar, obrigatoriamente, o apoio do IPEA.

13.3. Caso haja desistência do selecionado ou cancelamento da bolsa, poderá ser convocado segundo colocado e assim sucessivamente, a fim de dar continuidade às atividades do projeto de pesquisa.

14. ANEXO

 

ANEXO – I

 

Plataforma IPEA de Pesquisa em Rede

TERMO DE REFERÊNCIA

(versão 10/05/2012)

1. Título da Pesquisa/Projeto:

Trajetórias tecnológicas, padrões de desenvolvimento agrícola e configurações urbano-rurais.

 

2. Unidade Responsável no IPEA:

DIRETORIA DE ESTUDOS E POLÍTICAS REGIONAIS, URBANAS E AMBIENTAIS (DIRUR)

 

3. Coordenação Nacional e Equipe Técnica do IPEA

Coordenador: Francisco de Assis Costa (Diretor Dirur/IPEA) e César Nunes de Castro (Dirur/ IPEA)

 

3.1. Equipe:

IPEA:

Francisco de Assis Costa (Diretor DIRUR/IPEA)

Alexandre Xavier de Carvalho Ywata (DIRUR/IPEA)

César Nunes de Castro (DIRUR/IPEA)

Coordenadores Estaduais:

Klinger Aragão Magalhães (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará)

Fausto Miiziara (Universidade Federal de Goiás)

Marcelo José Braga (Universidade Federal de Viçosa – Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável)

Carlos Eduardo Caldarelli (Universidade Estadual de Londrina)

Georgia Cavalcanti Alves de Miranda (Agência Estadual de Planejamento e Pesquisa de Pernambuco – CONDEPE/FIDEM)

Maria Saléte Zanchet (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social)

Júlio César de Lucena Araújo (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins – Campus Gurupi)

 

4. Proposta:

Fazer uma leitura territorializada da dimensão rural do País que permita tratar de modo dinâmico a diversidade e heterogeneidade estrutural prevalecente, lançando mão dos avanços teóricos e metodológicos contidos nas noções de trajetória tecnológica e as noções correlatas cadeia de produto e valor.

 

5. Justificativa:

Expressões da regionalidade e territorialidade brasileiras, seus sistemas agrários são constituídos por trajetórias tecnológicas e cadeias de produto e valor.

Os sistemas agrários são configurações territorialmente delimitadas, delineadas por concorrência

(Arthur, 1994) e cooperação (Nalebuff e Brandenburger, 1996) dinâmicas entre trajetórias tecnológicas em torno dos recursos naturais e institucionais ali prevalecentes. Dos sistemas agrários fazem parte arranjos institucionais que determinam como os recursos naturais, de conhecimento laboratorial e de cultura tecnológica são produzidos e distribuídos, das quais relações fundiárias, regras e mecanismos de acesso a sistemas de inovação, como o crédito e organizações de assistência técnica, são expressões (Costa, 2009b).

Trajetórias tecnológicas são padrões de atividades que resolvem os problemas produtivos com os quais se confrontam os processos decisórios dos agentes em contextos específicos, nas dimensões econômica, institucional e social (Dosi, 2006).

Por outro lado, às trajetórias correspondem cadeias produtivas - articulações entre “cadeia de valor” ou “cadeia de produto” (Hopkins, Wallerstein, 1986).

A agricultura brasileira tem sido palco de três conjuntos de fenômenos de grande relevância estratégica. De um lado, segmentos dominantemente empresariais de agricultura baseados em alta intensidade tecnológica mecânica e química crescem orientadas para mercados de commodities alimentares e, crescentemente, energéticas. De outro, segmentos da agricultura familiar intensificam as bases produtivas, em dinâmicas de relevância também crescente, no atendimento de frações importantes do mercado interno. Ao lado disso, verificam-se no setor rural os principais níveis de pobreza do País.

A performance de crescimento da economia brasileira mobiliza todos esses componentes do agrário nacional, reformulando desde a importância relativa das commodities como uma das âncoras do crescimento, até a percepção da pobreza rural, agora também interpretada como limite à expansão do mercado interno, um outro dos drivers da dinâmica do País. Tais forças operam no conjunto, aguçando concorrências, ou criando oportunidades de cooperação em torno dos recursos naturais e institucionais das regiões e territórios, estabelecendo possibilidades e limites no encaminhamento das necessidades estratégicas – crescimento, redução da pobreza e manutenção da base natural - só passíveis de observação por leituras combinadas dos processos: 1) das trajetórias em cada território relevante e seus sistemas agrários e 2) na observação dos movimentos combinados nos diferentes territórios

A prática de pesquisa, entretanto, tem sido a de tratar setorialmente – isto é, um a um os componentes produtivos, como setores ou sub-setores, a par de considerar separadamente os fenômenos de pobreza e riqueza, atraso e desenvolvimento, neles verificados. Há, assim, um grande elenco de estudos relativos a cada um desses componentes do rural, grande parte deles referidos a regiões e sub-regiões específicas.

O projeto vem, assim, ao encontro da necessidade de uma leitura integrada, da dimensão rural dos territórios, e integradora dos conhecimentos que estão disponíveis, pontuais e setorializados. Ao mesmo tempo acrescerá a compreensão das relações que os sistemas agrários e suas trajetórias com as dinâmicas urbanas – de indústria e serviços – do país. Realçando as cadeias de produto e valor, a análise permitirá também uma observação abrangente das necessidades e carências respectivas com respeito à C&T e o crédito agropecuário, além de uma percepção penetrante das questões fundiárias (Costa, 2011a) e a da pobreza rural (2011).

6. Objetivos:

6.1 Geral:

Delimitar as trajetórias tecnológicas prevalecentes nas agriculturas estaduais e regionais para verificar os padrões de relações entre elas e entre elas e os sistemas urbanos, tanto na definição de territórios rurais e sistemas agrários, quanto nas configurações de cadeias de valor e produto.

6.2 Específicos:

1. Estabelecer a configuração territorial brasileira na sua dimensão rural utilizando noções de trajetória tecnológica que integram as esferas produtiva (micro), com o contexto institucional e natural;

2. Contribuir para a compreensão das configurações urbano-rurais que se constituem no País articulados pelas cadeias de produto e valor dos setores rurais que abastecem as cidades e dos setores urbanos que suprem os setores rurais e os conectam com a economia-mundo.

3. Contribuir para as políticas de C&T agropecuária no País, oferecendo uma perspectiva estrutural e endógena;

4. Contribuir para as políticas de desenvolvimento regional do País por uma perspectiva

territorial e endógena;

5. Contribuir para as políticas de erradicação da pobreza no País, na sua dimensão rural e estrutura..

 

 

7. Atividades e Procedimentos Metodológicos:

7.1. Agentes da Pesquisa: AGENTE RESPONSÁVEL

 RESPONSABILIDADES/ATRIBUIÇÕES  

 

 IPEA

 

 1 –Em discussão com as instituições parceiras, definição e concepção original do estudo

2 – Coordenação geral, discussão e acompanhamento dos trabalhos

3 – Em discussão com os parceiros, definição dos enfoques a serem desenvolvidos nas diversas etapas da pesquisa

4 – Participação crítica na elaboração, em conjunto com as instituições participantes, dos relatórios previstos no estudo;

5 – Leitura, revisão e validação dos documentos e relatórios da pesquisa

6 – Organização, em cooperação com os parceiros, quando couber, dos eventos necessários ao desenvolvimento das diversas etapas da pesquisa (oficinas de trabalho, seminários intermediários e seminário final)

7 – Coordenação/edição da publicação dos resultados

8 – Gestão da pesquisa (Aspla e Dides)  

 

 

 INSTITUIÇÕES PARCEIRAS DA REDE IPEA

 

 9 – Definição do estudo e discussão do conteúdo dos relatórios da pesquisa

10 – Participação em workshops e eventos previstos

11 – Realização das atividades de campo previstas

12 – Seleção, acompanhamento e avaliação dos bolsistas

13 – Produção dos documentos e relatórios previstos  

 

 

7.2. Atividades e etapas da Pesquisa:

7.2.1. Atividades específicas a serem desenvolvidas

 Quadro referencial e metodológico;

 Descrição dos estudos existentes e suas respectivas metodologias;

 Referenciais básicos para uma metodologia de identificação de trajetórias tecnológicas e sistemas agrários no País;

 Análise das dinâmicas territoriais e das redes de produto e valor a eles associados;

 Descrição, interpretação e tendências de integração dos sistemas rurais;

 Avaliação e sugestões de políticas públicas.

O IPEA, em interação com as instituições parceiras, será responsável pelo quadro referencial e metodológico do estudo, contemplando as seguintes etapas:

 Identificação das principais necessidades a serem estabelecidas, e informações e indicadores a serem utilizados pelo estudo

 Identificação das bases de dados (informações econômicas, sócio-demográficas e geográficas) e dos indicadores a serem utilizados

A partir da definição do quadro referencial e metodológico haverá a análise das dinâmicas territoriais e identificação dos sistemas agrários das diversas regiões do país:

 Coordenação e acompanhamento dos estudos em nível local;

 Sistematização dos dados

 Identificação e qualificação das trajetórias tecnológicas;

 Identificação e qualificação dos sistemas agrários dos estados e regiões brasileiras;

Ao final dessa parte do estudo, de caráter conclusivo, o IPEA e parceiros procederão à descrição, interpretação e tendências de integração dos sistemas agrários do Brasil e suas regiões. Como síntese do trabalho, pretende-se a análise da configuração geográfica atual da dimensão rural do País, a partir da descrição e configuração geográfica atual dos seus sistemas agrários.

7.2.1. Detalhamento de etapas, cronogramas e execução

Etapa 1 – Planejamento e preparação, envolvendo:

a) - Elaboração e validação do Termo de Referência e Plano de Trabalho da pesquisa

Equipe IPEA elabora versão preliminar do TR e PT e envia para instituições parceiras para discussão na primeira oficina do projeto.

b) - Realização da 1ª Oficina do projeto

Equipe IPEA e instituições parceiras se reúnem para discutir o Termo de Referência, o Plano de Trabalho, e os procedimentos administrativos e de pesquisa envolvidos na condução do projeto.

c) - Contratação dos bolsistas

Instituições parceiras realizam processo seletivo, seguindo as disposições e regras do programa de concessão de bolsas do IPEA, para contratação de 1 (um) pesquisador para conduzir a pesquisa de campo e colaborar na elaboração do relatório de pesquisa.

Etapa 2 – Condução da pesquisa, envolvendo:

a) Realização da pesquisa de campo

Instituições parceiras e pesquisadores contratados coletam dados (fontes documentais, bases de dados, entrevistas, etc.), sistematizam e analisam os mesmos e elaboram a versão preliminar do relatório de pesquisa sobre cada experiência estadual.

b) Realização da 2ª Oficina do projeto

Equipe IPEA e instituições parceiras se reúnem para compartilhar e discutir idéias sobre aspectos metodológicos e teóricos da pesquisa.

c) Realização da 3ª Oficina do projeto

Equipe IPEA e instituições parceiras se reúnem para compartilhar e discutir as versões preliminares dos relatórios de pesquisa nos estados, levantando lacunas e aspectos que precisam ser aprimorados e revistos.

d) Produção da versão final do relatório

Instituições parceiras e pesquisadores contratados coletam e sistematizam dados adicionais e realizam revisões na versão preliminar para elaboração do relatório final da pesquisa em cada estado.

Etapa 3 - Consolidação e Disseminação dos Resultados, envolvendo:

a) Produção do Relatório Consolidado

Equipe IPEA produz um relatório analítico consolidando as informações e análises a partir dos relatórios de pesquisa de cada estado.

b) Edição e publicação dos resultados

Equipe IPEA e instituições parceiras realizam a edição do material para a produção de materiais publicáveis (possivelmente como Texto para Discussão do IPEA e/ou livro).

c) Realização do Seminário Final do Projeto

Equipe IPEA e instituições parceiras realizam Seminário para divulgação dos produtos, publicações e resultados do projeto.

7.3. Período de duração do projeto:

Período total: 18 meses.

8. Produtos e Resultados Esperados:

Eventos:

- 4 eventos, sendo três oficinas de trabalho entre equipe IPEA e instituições parceiras e um seminário nacional aberto ao público.

Relatórios:

- 7 relatórios sobre experiências estaduais.

- 1 relatório consolidado.

Publicações:

- Conjunto de artigos (Textos para Discussão) e/ou livro.

 

9. Referências bibliográficas

ARTHUR, W. B. (1994). Increasing Returns and Path Dependence in the Economy. Michigan. Michigan, The University of Michigan Press.

COSTA, F. A. Mercado e produção de terras na Amazônia: avaliação referida a trajetórias tecnológicas. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. Cienc. Hum., Belém, v. 5, n. 1, p. 25-39, jan.- abr. 2010.

COSTA, F. A. Dinâmica agrária na Amazônia, situação reprodutiva e pobreza: uma contextualização estrutural. Brasília, IICA (Relatório de Pesquisa), 2011a.

COSTA, F. A. Políticas de Contenção de Desmatamento, Produção e Mercado de Terras na Amazônia: Um Ensaio sobre a Economia Local do Sudeste Paraense usando Contas Sociais Alfa (CSα). Revista Estudos Econômicos. Vol 41, Nº 3 - Jul-Set 2011, 621-646, 2011b.

DOSI, G. Technological paradigms and technological trajectories. Revista Brasileira de Inovação, v. 5, n. 1, p. 17-32, jan./jun. 2006.

COSTA, F. A. Trajetórias tecnológicas como objeto de política de conhecimento para a Amazônia: uma metodologia de delineamento. Revista Brasileira de Inovação, v. 8, n. 1, p. 35-86, jan.-jun. 2009a.

COSTA, F. A. Desenvolvimento agrário sustentável na Amazônia: trajetórias tecnológicas, estrutura fundiária e institucionalidade. In: BECKER, B.; COSTA, F. A.; COSTA, W. M. Desafios ao Projeto Amazônia. Brasília: CGEE, 2009b. p. 215-363.

ARTHUR, W. B. (1994). Increasing Returns and Path Dependence in the Economy.Michigan.Michigan, TheUniversityofMichiganPress.

NALEBUFF, B.J. BRANDENBURGER, A.M. Co-opetição. Rio de Janeiro, Rocco, 1996.