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Publicação internacional: pesquisadores da Pós UFG em parceria com cientistas de instituições nacionais e internacionais lançam carta manifesto em defesa dos biomas não florestais

O trabalho foi publicado na importante revista científica Nature Ecology & Evolution

Publicado em novembro pela Nature Ecology & Evolution, o manifesto intitulado “Overlooking vegetation loss outside forests imperils the Brazilian Cerrado and other non-forest biomes”, traz um apelo de relevância expressiva em prol dos "biomas não florestais".

A publicação é assinada por diversos pesquisadores da Pós Graduação da UFG: Laerte Guimarães Ferreira, atual Diretor de Programas e Bolsas no País (CAPES) e docente do PPGCIAMB e PPGEO, José Alexandre Felizola Diniz Filho (PPGECOEVOL, PPGGBM), Manuel Eduardo Ferreira (PPGGEO, PPGCIAMB, PPGAGRO), Rafael Loyola (PPGECOEVOL), Paulo de Marco Júnior (PPGECOEVOL, PPGBAN). A Presidente da CAPES, Mercedes Bustamante, além de renomados cientistas de outras instituições nacionais e internacionais também assinam o texto.

Os autores elaboraram um manifesto que declara a urgência de abordar a temática de conservação dos biomas não florestais, como o cerrado brasileiro e outros, e sobretudo a necessidade de inclusão, na 28ª edição da Conferência das Partes, a COP28, que tem por objetivo discutir e organizar iniciativas sobre os impactos das mudanças climáticas mundiais.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da UFG, José Alexandre Felizola Diniz Filho enfatizou a importância da visibilidade que o manifesto poderá alcançar, considerando que a publicação antecede a COP 28, que acontecerá no início de dezembro, em Dubai. De acordo com o docente, trata-se de “chamar atenção para esse problema em nível global, da ausência ou maior dificuldade de ter ações e medidas mais efetivas de proteção de biomas com vegetação mais aberta.”

Ainda segundo o professor, o objetivo da carta/manifesto é também atentar para os "biomas não florestais", ou às partes "não-florestais" dos biomas. Ele explica que “tradicionalmente existe a ideia de que o Cerrado, a Caatinga e os Pampas, são biomas menos importantes porque não têm "florestas" ou "matas" em maior proporção, e a imagem que as pessoas e os tomadores de decisão têm deles é de áreas abertas que não têm muita biodiversidade”. O manifesto aponta para a insuficiência de proteção do Cerrado e outros biomas, ao apresentar dados preocupantes, indicando o quanto essas áreas são geralmente excluídas de iniciativas políticas e de sustentabilidade.

O professor apontou que a ideia de que essas áreas ecológicas não possuem significativa biodiversidade é inverídico, contudo, resulta na problemática em questão. “Isso é algo bem antigo que discute-se há muitos anos, e no comentário reforçamos a ideia da importância desses biomas, de diferentes formas, e trazemos alguns dados atualizados das taxas de perda ou conversão de habitats”, finalizou Alexandre.

Clique aqui para saber mais sobre o manifesto.

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Quelle: PRPG UFG

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