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Docente recebe prêmio Capes Elsevier 2024 – Mulheres na Ciência

Symone Alcalá foi a premiada por sua atuação na área de exatas no Centro-Oeste

Texto: Caroline Pires

Fotos: Divulgação

 

A professora Symone Gomes Soares Alcalá, do curso de Engenharia de Produção, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/UFG), recebeu ontem, 6/11, o Prêmio CAPES Elsevier 2024 – Mulheres na Ciência, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, e da presidente da
Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Denise Carvalho, e foi realizada em Brasília-DF. Para chegar aos nomes das vencedoras, foi feita uma avaliação, a partir dos indicadores de citações por disciplina, para que fosse medido o impacto de um trabalho quando comparado com outro do mesmo tipo, disciplina e ano de publicação, extraído da ferramenta de avaliação da produção científica e de métricas, SciVal, da Elsevier. Ao todo foram premiadas 15 pesquisadoras, três por região do país, nas áreas de Exatas, Médicas e Humanas. 

Docente da UFG desde 2016 e pesquisadora na área de Inteligência Artificial, Symone Alcalá considera que o prêmio reconhece e valoriza pesquisadoras de todas as regiões do Brasil e demonstra um avanço no que se refere à equidade de gênero e superação das diferenças regionais no acesso à ciência. "no entanto, sabemos que a jornada na pesquisa ainda é desigual para muitas mulheres. Na área de Ciências Exatas, por exemplo, a maioria das bolsas de produtividade do CNPq continua sendo destinada a pesquisadores homens, o que reforça a necessidade de seguirmos avançando para alcançar uma verdadeira equidade de gênero", considerou. Diante dessa realidade, que segundo ela segue sendo superada a cada dia, o prêmio representa um avanço na valorização das mulheres na ciência, "sinto-me ainda mais motivada a realizar pesquisas que contribuam com nossa sociedade e inspirem novos talentos", concluiu. 

Salto das mulheres na ciência

A solenidade também serviu para a apresentação do relatório Progress Toward Gender Equality in Research & Innovation – 2024, publicado pela Elsevier. A publicação mostrou o destaque do Brasil em relação à maioria dos países no equilíbrio entre homens e mulheres, como observou o ministro da Educação, Camilo Santana. “O Brasil é o terceiro país com maior presença feminina na ciência, atrás apenas de Argentina e Portugal. As mulheres hoje são 49%, um salto significativo em relação a 2002, quando eram 38%”, disse.

Os dados do relatório são referentes a 2022. No mundo, a participação feminina é de 41%. Em 2002, era 21%. Apesar do crescimento, a disparidade ainda é evidente entre pesquisadores mais experientes. Entre pessoas nos primeiros cinco anos de carreira, as mulheres são 45%. De 6 a 10 anos, a quantidade é 42% e, de 11 a 15, 39%. De 16 a 20, 36%. E com mais de 21 anos dedicados à pesquisa científica, 27%.

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Fonte: Secom/UFG e texto Capes - https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/capes-e-elsevier-premiam-15-cientistas-mulheres

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