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Professor do PPGH/UFG é um dos organizadores do Handbook for the Historiography of Science

Conheça um pouco mais sobre o livro

Professor da Faculdade e do Programa de Pós-Graduação em História, da UFG, Marlon Salomon e prof. Mauro Condé, do departamento e Programa de Pós-Graduação em História da UFMG, organizam o Handbook for the Historiography of Science, uma publicação em parceria com a renomada editora Springer Nature. O livro conta com a participação e colaboração de mais 30 pesquisadores oriundos das Américas, da Europa e da Ásia e reforça a importância e a necessidade de historicização dos saberes científicos, contribuindo para consolidar também a presença brasileira no mapa internacional desse campo de estudos.

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Foto: arquivo pessoal do prof. Marlon Solomon.

 

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Foto: arquivo pessoal do prof. Mauro Condé.

 

Um dos organizadores, prof. Marlon Salomon, em entrevista à PRPG, destaca as motivações para organização do livro: “há alguns anos, sentimos a necessidade de criar um periódico especializado nessa área que, até então, não disponibilizava de nenhum veículo para promover debates e divulgar a pesquisa de ponta da área. Foi assim que surgiu Transversal: International Journal for the Historiography of Science, que no último mês de julho chegou ao seu 14º número. O professor explica, que Transversal acabou se tornando um catalizador das pesquisas da área, reunindo pesquisadores de diversas partes do mundo.

A partir desse trabalho e experiência, os autores foram convidados a organizar para a Springer Nature um volume especial dedicado à historiografia geral das ciências. “Ficamos muito contentes e um pouco surpresos com esse convite, pois não tínhamos a clara percepção sobre o alcance do nosso trabalho até então”, acrescentou Marlon, que ressalta ainda que a editora pretende trabalhar volumes específicos dedicados às diferentes disciplinas. 

O professor do PPG em história da UFG, reforça os objetivos com o trabalho: "não queríamos fazer uma simples compilação das questões centrais da historiografia das ciências, como se fosse uma espécie de dicionário. Nosso objetivo é permitir que os leitores encontrem nesse livro um conjunto de perspectivas e abordagens sobre como se pensou e como se pode pensar historicamente o passado das ciências".

O lançamento do volume especial marca um avanço significativo na disseminação do conhecimento historiográfico das ciências, prometendo inspirar uma nova geração de pesquisadores e aprofundar a compreensão global do papel crucial desempenhado pela historiografia na construção do saber científico. “Valorizamos muito perspectivas diferentes que partam de problemas diferentes e busquem enfoques distintos de tratamento dessa história. Ao mesmo tempo, achamos fundamental que os leitores encontrem no livro avaliações sobre como diferentes estudiosos e estudiosas, em diferentes momentos, estudaram essa história, na medida em que, em geral, chega-se à historiografia das ciências por meio de trabalhos clássicos e consagrados de certos pesquisadores e pesquisadoras”, destaca Marlon.

A organização da obra

De acordo com o professor, nesse primeiro volume, a obra tenta reunir, um conjunto amplo de trabalhos voltados às bases, possibilidades, limites e alcances das diferentes maneiras de se estudar historicamente as ciências. “Nosso objetivo era reunir em um volume os principais autores, conceitos, teorias, concepções, e tradições historiográficas. Quando falo em “estudar historicamente”, não estou querendo simplesmente dizer estudar a ciência no passado como um museu de curiosidades. Trata-se de pensar que as ciências são fundamentalmente atividades cujo sentido e alcance encontram toda sua coerência quando pensados por meio da história. A física de Galileu não é a de Aristóteles e nem tampouco a de Einstein. Elas são filhas de seu tempo e por meio de sua historicização podemos compreender de maneira crítica e menos ingênua as suas diferenças.”

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Imagem: reprodução de capa.

 

O livro conta com 28 capítulos e reúne mais 30 pesquisadores oriundos de diversos partes do mundo e divide-se em quatro partes, que podem aqui ser conhecidas, segundo apresentado pelo prof. Marlon:

1) Autores-chave para a historiografia das ciências. Conjunto de análises que cobrisse os mais importantes historiadores(as), filósofos(as), sociólogos(as) e antropólogos(as) responsáveis pelas mais importantes reflexões sobre o estudo histórico das ciências ao longo do último século: Pierre Duhem, Alexandre Koyré, Gaston Bachelard, Georges Canguilhem, Ludwick Fleck, John Bernal, Thomas Kuhn, Pierre Bourdieu, Joseph Agassi, Steven Shapin, Ian Fleck e Lorraine Daston.

2) Conceitos e concepções na historiografia das ciências: análises detalhadas sobre alguns dos conceitos-chave desse campo de estudo: revolução científica, epistemologia histórica (alemã e francesa), o estilo francês de história das ciências;

3) A historiografia das ciências: da ciência moderna à concepção científica contemporânea: textos sobre a história das diferentes interpretações sobre o nascimento da ciência moderna, a ciência na época do Iluminismo chegando até a questões mais contemporâneas, como por ex. o debate historiográfico sobre a nanotecnologia e a antropologia das ciências.

4) a historiografia das ciências e as áreas afins. Na última seção do livro, espaço aberto para discussões que procuram aproximar a história das ciências de áreas como estudos de gênero, estudos pós-coloniais, mas também com a religião e a filosofia.

Nesse sentido, ressalta Marlon Salomon, que o livro é voltado para especialistas e também para um público mais amplo, que tenha interesse em um primeiro contato com os modos como vêm se estudando historicamente as ciências, além de estudantes das áreas de formação científica, para que possam pensar suas atividades de forma crítica e não tenham uma formação exclusivamente tecnicista. O livro pode ser adquirido diretamente no site da editora ou nas grandes plataformas de venda de livro. As universidades brasileiras como a UFG costumam assinar as grandes plataformas de e-books, o que permite o acesso para toda a comunidade a esse tipo de material, destaca ainda o professor.

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Quelle: PRPG UFG

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