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PRPG reúne especialistas nacionais no 7º Colóquio de Pós-Graduação e debate avaliação, integridade e os rumos da pós-graduação no Brasil

Evento discutiu temáticas como saúde mental, diretrizes do PNPG 2025–2029, estabilidade no sistema de avaliação da CAPES e desafios da integridade acadêmica

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação realizou, nos dias 1º e 2 de dezembro, o 7º Colóquio de Avaliação do Sistema de Pós-Graduação, evento anual promovido com o objetivo de fortalecer políticas, práticas e reflexões sobre o desenvolvimento da pós-graduação. Realizado no auditório do CRTI, o encontro contou com mais de 100 inscrições e proporcionou debates essenciais para o próximo ciclo avaliativo do país. A solenidade de abertura contou com a presença da diretora executiva da FUNAPE, Sandramara Matias Chaves, o pró-reitor de Pós-Graduação Wilson Flores, a pró-reitora adjunta Larissa Matuda e o diretor da Escola de Pós-Graduação, Cleidinaldo de Jesus Barbosa, reforçando o compromisso institucional com a formação avançada, a pesquisa e a inovação.

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foto: acervo PRPG.

 

A programação teve início com a conferência do professor Alexander Moreira Almeida (UFJF/NUPES), que destacou a relevância da saúde mental no ambiente acadêmico, ressaltando que o bem-estar psicológico é fundamental para a permanência, a criatividade e o desempenho dos estudantes e pesquisadores. 

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foto: acervo PRPG.

 

A conferência magna foi conduzida pela professora Dalila Andrade Oliveira, diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do CNPq, que apresentou as diretrizes do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2025–2029. Dalila ressaltou que o novo PNPG reforça princípios de qualidade, equidade, diversidade e responsabilidade social, orientando a pós-graduação para a solução de desafios sociais e ambientais contemporâneos. Ela destacou ainda eixos como a integração entre ensino, pesquisa e extensão, a interiorização, a sustentabilidade, as ações afirmativas e a internacionalização solidária, especialmente por meio da cooperação Sul–Sul. Em sua fala, enfatizou a importância da internacionalização como política de Estado, fundamental para ampliar a inserção de jovens pesquisadores em redes globais, fortalecer a diplomacia científica e garantir maior participação brasileira em agendas multilaterais. Segundo Dalila, o novo ciclo avaliativo exigirá práticas mais integradas e orientadas ao impacto, envolvendo maior sinergia entre CAPES, CNPq e as instituições de ensino superior. Ela também apresentou o Programa Institucional de Bolsas de Pós-Graduação (PIBPG), principal instrumento do CNPq para o fortalecimento da pós-graduação stricto sensu, destacando seus avanços na redução de desigualdades regionais e no apoio a programas emergentes.

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foto: acervo PRPG.

 

Dando continuidade às discussões, no segundo dia de evento, a professora Solange Fiuza Cardoso Yokozawa, coordenadora adjunta da área de Linguística e Literatura da CAPES (2022-2026), apresentou uma análise sobre o Sistema Nacional de Avaliação da CAPES e suas perspectivas para o próximo quadriênio. Ela destacou que, daqui para frente, as mudanças no processo avaliativo tendem a ser mais estáveis, especialmente porque a ficha de avaliação foi construída de forma coletiva e amplamente debatida, o que traz maior estabilidade ao sistema. Solange enfatizou que “um programa não vai pra frente por inércia” e que o avanço depende da capacidade de identificar fragilidades e enfrentá-las de maneira contínua, com base em avaliação interna e planejamento estratégico. A professora também informou o cronograma da avaliação: a divulgação das notas preliminares dos PPGs devem ocorrer em 12 de janeiro de 2026, e os resultados finais serão publicados em 29 de maio do mesmo ano.

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foto: acervo PRPG.

 

Encerrando o evento, o Comitê de Integridade Acadêmica (CIA) da UFG, representado pela profa. dra. Fernanda Nora e o prof. dr. Daniel de Brito, promoveu uma reflexão sobre integridade, produtividade e cultura acadêmica. Daniel questionou se o ambiente de produção científica tem funcionado como deveria e criticou a excessiva dependência de métricas como parâmetro de qualidade. Segundo ele, “tropeçamos quando olhamos somente as métricas das revistas”, defendendo que o foco deve estar na adoção de boas práticas, na ética e no fortalecimento de processos que sustentem uma ciência responsável.

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foto: acervo PRPG.

 

O 7º Colóquio reafirmou seu papel estratégico ao promover formação continuada, diálogo qualificado e alinhamento entre os diversos atores da pós-graduação na UFG. Mais do que um espaço de debates, o encontro consolidou uma visão coletiva sobre os desafios e potencialidades da instituição, fortalecendo a maturidade acadêmica dos programas e preparando-os de maneira sólida e colaborativa para o novo ciclo avaliativo nacional.

Source: PRPG UFG

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