noticia isso é pós cerumenograma

Cera de ouvido no combate ao câncer: técnica desenvoldida por pesquisadores da UFG revoluciona diagnóstico precoce

Pesquisadores desenvolvem o Cerumenograma, método que permite identificar câncer, diabetes, Alzheimer e Parkinson, com potencial de transformar a medicina preventiva no país

Uma pesquisa pioneira desenvolvida na UFG promete revolucionar o diagnóstico precoce de doenças como câncer, diabetes, Alzheimer e Parkinson, usando como material a cera de ouvido. O estudo, publicado na revista Scientific Reports, da Editora Nature, é liderado pelo professor do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ/UFG) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCIAMB/UFG) e coordenador do laboratório de Métodos de Extração e Separação (LAMES), Nelson Roberto Antoniosi Filho.

A pesquisa conta também com os seguintes pesquisadores da UFG: João Marcos Gonçalves Barbosa, doutor pelo PPGQ, Camilla Gabriela de Oliveira, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS/UFG) e Anselmo Elcana de Oliveira, professor do Instituto de Química (IQ/UFG).

O trabalho, intitulado “Cerumenogram as an assay for the metabolic diagnosis of precancer, cancer, and cancer remission”, resultou no Cerumenograma — uma técnica inovadora que analisa a cera auricular para identificar doenças em estágio inicial e monitorar sua evolução.

Segundo o professor Nelson, a ideia surgiu em 2015, quando recebeu a pesquisadora egípcia Engy Shokry para a realização de pós-doutorado. Ele a desafiou a trocar as análises tradicionais em plasma pela cera auricular, uma matriz lipídica rica, mas até então pouco explorada. “Fazer ciência é conectar coisas que às vezes são aparentemente desconexas, e quando você conecta algo sem aparente importância, como a cera de ouvido, com algo muito importante quanto o diagnóstico de doenças, você consegue fazer aquilo que é chamado de ciência disruptiva”, explicou o professor.

O projeto evoluiu com a participação do então doutorando, João Marcos Gonçalves Barbosa, que desenvolveu a aplicação do método para câncer em humanos. Além de diagnosticar a doença, o Cerumenograma permite distinguir tumores benignos e malignos, detectar fases pré-cancerígenas e acompanhar a resposta ao tratamento. “Quando conseguimos diagnosticar o câncer no seu primeiro estadiamento, temos 90% a 95% de chances de conseguir curar a pessoa. Agora, com a detecção podendo ser feita em duas etapas anteriores ao primeiro estadiamento, as chances de cura são muito maiores", assinalou o professor. 

O grupo trabalha também no uso da técnica para diagnosticar doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, além do diagnóstico da diabetes. Os próximos passos incluem a validação junto à Anvisa, ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Ministério da Saúde para tornar o exame disponível à população. Segundo o coordenador do LAMES, isso poderá reduzir custos com tratamentos caros e aumentar a longevidade das pessoas, mostrando o impacto social e econômico das pesquisas feitas em universidades públicas.

O trabalho contou com parcerias essenciais, como o Hospital das Clínicas da UFG, a Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, o Hospital Amaral Carvalho, de Jaú (SP) e o Instituto de Medicina Nuclear de Goiânia.

A UFG reafirma sua posição de destaque no cenário científico ao liderar pesquisas de impacto global, como o desenvolvimento do Cerumenograma. A excelência dos programas de pós-graduação da instituição, somada ao ambiente propício à inovação e à pesquisa multidisciplinar, tem impulsionado descobertas que transcendem fronteiras. O crescimento da produção científica da UFG, com publicações em periódicos de prestígio internacional, reflete o amadurecimento acadêmico e o compromisso da universidade com o avanço da ciência.

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资源: PRPG UFG

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